Calado!
14 de setembro de 2020Autora:
Eliane Dutra Corrêa de Sá
Capa:
Vladimir Calado
Ilustrações:
Beatriz Gandra
Edição:
Arquimedes Martins Celestino
Revisão:
Luiza Ribeiro
“Todos pareciam conhecê-lo, menos eu. Então ia recolhendo uma fala aqui, outra ali, imaginando sequências, construindo imagens…” No seu livro Um pai nada óbvio – Fragmentos da minha infância, a carioca Eliane Dutra Corrêa de Sá, nos apresenta José Corrêa de Sá, seu pai (ou seria o revolucionário?) como quem desvenda um mistério.
Comunismo, fascismo, revolução… estranhas palavras eram as pistas. A Guerra, sim a Guerra, ela sempre estava presente naquelas parcas evidências de um passado marcante, cheio de aventuras “mas agora ele precisava trabalhar para sustentar a família”. O que, onde, quando, como. E depois? Perguntas respondidas parcialmente. “E a curiosidade aumentava!”
Narrando pequenos episódios Eliane constrói na nossa imaginação muitas imagens, nos fazendo participar da sua infância na Zona Norte do Rio de Janeiro dos anos 40 e 50, em companhia de seu enigmático pai. Vivemos estas histórias como em muitos filmes, em que o passado se mostra presente em tudo que acontece.
Nesta primeira edição, pela Arquimedes Edições, o traço tranquilo de Beatriz Gandra e fotos históricas e pessoais do arquivo da família ilustram uma parte da conturbada e comovente história do século XX, do subúrbio do Rio a Paris, passando pela Guerra Civil Espanhola.
Na obra temos também a oportunidade de conhecer a homenagem do diplomata e historiador profissional Paulo Roberto de Almeida ao revolucionário José Corrêa de Sá, em entrevista em que este detalha as venturas e desventuras da sua jornada antifascista na Europa.
José Corrêa de Sá também tenta se apresentar por conta própria, em cartas e requerimentos oficiais. E alguns outros familiares exprimem em depoimentos, os afetos que o pai e avô lhes causa.
Uma vida nada óbvia.
José Corrêa de Sá, PRESENTE!