A guerra e o comércio internacional
30 de janeiro de 2024CORRESPONDÊNCIA INTERNACIONAL E SOLIDARIEDADE ENTRE OS POVOS: UM REGISTRO BIBLIOGRÁFICO
26 de julho de 2024Este livro é uma reedição de uma obra criada no calor da Revolução Sandinista da Nicarágua, foi publicada inicialmente como artigos semanais no jornal “Companheiro”, de 1978 a 1980, e lançada originalmente como livreto pela Editora Avante no final de 1980. Traz reportagens, análises, documentos e entrevistas que mostram a força da unidade quando um povo não abre mão de controlar o seu destino.
A edição original fazia parte do intenso trabalho de defesa de todos os povos latinoamericanos, desenvolvido pelo Comitê de Solidariedade com os Povos Latino-Americanos (Cosplam) e outras organizações populares, no final dos anos 70 e início dos anos 80 do século passado. Época em que o autor, Nilton Bahlis dos Santos desenvolveu, como correspondente internacional dos movimentos dos povos por sua autonomia e liberdade, além do presente livro, uma série de publicações sobre a agitada vida política da América Latina.
A figura do correspondente internacional é geralmente identificada com a mídia mainstream, com a geração de fatos, de verdades, que corroboram, de forma efêmera, as perspectivas das classes dominantes para as conjunturas específicas de cada país. Mas a força dos movimentos dos povos por sua autonomia e liberdade e a solidariedade internacional com esses movimentos revolucionários não prescinde de quem, estando presente de forma física ou se correspondendo com os atores dos eventos, fale dos acontecimentos para quem compartilha condições semelhantes, dentro de uma outra perspectiva, com a visão dos explorados e de sua história imediata.
A Coleção Correspondência Internacional, apresenta um conjunto de livros que têm formas textuais e processos de produção extremamente diversos, mas todos escritos no contexto das redes de solidariedade internacional latino-americanas dos anos 70 e 80, e pretende com isso transformar em memória aquilo que só pôde ser concebido pela inserção imediata na realidade social que a correspondência internacional propicia.
- O estádio era mais alegre (Chile)
- Os sandinistas aceleram o passo (Nicarágua)
- E também lhes ensine a ler… (Nicarágua, pós revolucionária)
- Granada: um pequeno povo que resolveu libertar-se… (Granada)
- Concepções e prática dos revolucionários salvadorenhos (El Salvador – No prelo)
Nilton Bahlis dos Santos começou a fazer política no Colégio Julinho em Porto Alegre. Em 1964 entrou na Faculdade de Arquitetura, onde participou do Diretório Acadêmico. Em 66 foi eleito para o DCE-UFRGS, depois para a UEE-RS e para a diretoria da UNE, em 1967. Como seu diretor, participou da organização das lutas do Movimento Estudantil de 1968, dos debates sobre educação e da tentativa de reorganizar os Centros Populares de Cultura (CPC) da UNE, que organizavam ações dos estudantes diretamente junto a setores populares: atividades culturais, ações de educação, de saúde e saneamento, construções de habitações populares em sistemas de mutirão e outras.
Em 1969, mudou-se para o Rio, vivendo na semiclandestinidade até 1972, quando, com a queda de quase 200 companheiros, se exilou no Chile. Com o goplpe 1973 foi para a França, protegido pela Comissão da ONU para Refugiados, até 1979, quando voltou ao Brasil.
É jornalista, produtor cultural, doutor em Ciência da Informação, e especialista em sistemas complexos, redes sociais e Internet.
Além dos livros desta Coleção Correspondência Internacional, a Arquimedes Edições editou, do autor, A informação e o paradigma holográfico, 2020.