O estádio era mais alegre
13 de outubro de 2020circulopoemando o câncer que fiz
20 de outubro de 2021O livro de Nilton Bahlis dos Santos afirma a necessidade de construção de um modelo e um caminho que permita abordar a questão da Informação em sistemas de grande complexidade e que se distinguem por serem abertos, como a Internet. Isto, porquê a construção de um novo modelo é necessária para conceber estratégias, métodos e tecnologias capazes de processar um número ilimitado de elementos e estabelecer uma infinidade de relações.
Os modelos e métodos criados para processar informações, que se constituem no arsenal teórico e tecnológico das Ciências da Informação e da Comunicação, trabalham com sistemas que se distinguem por serem fechados. Estes sistemas consideram as relações como definidas a priori, predeterminadas e estáveis, e são capazes apenas de processar um número finito de elementos. Por isso, a utilização de suas tecnologias em sistemas como a Internet só são viáveis em situações localizadas e muito particulares.
Estes dois tipos de sistemas têm qualidades e lógicas completamente diferentes e estão relacionados aos paradigmas que os expressam. As concepções, tecnologias, práticas e metodologias construídas para sistemas fechados e finitos, estabelecidas a partir do que, no curso deste livro, caracterizamos como Ordem do Livro, não são capazes de descrever e operacionalizar processos que envolvem situações de ampla complexidade. Por isso as abordagens tradicionais não permitem a descrição e estudo das lógicas, processos e dinâmicas de sistemas complexos, onde a possibilidade de relações e interatividade é infinita. O resultado é a dificuldade de utilização da Internet com eficácia e o atraso em sua consolidação.
Para contribuirmos a construção deste caminho percorremos conceitos e questões ligadas ao estudo da Informação, demarcando seus contornos e limites e procurando verificá-los a partir do que seria a lógica de uma Ordem da Internet. Com as novas tecnologias não estamos apenas frente a um modismo ou elemento novo, capaz de oferecer novas especializações para as profissões e disciplinas para nossos cursos. A Ordem da Internet exige a própria redefinição das Ciências da Informação e da Comunicação como áreas de conhecimento, de seus objetos, suas metodologias e instrumentos.
A ciência é antes de tudo um sistema de descrição
de algo que ela constitui como realidade
- Autor: Nilton Bahlis dos Santos
- Coleção: Next
- Editoras: Arquimedes Edições e
Next – Núcleo de Experimentação de Práticas e Tecnologias Interativas - Capista: Arquimedes M Celestino
- Dimensões 14.8 × 21 × 1 cm
- Peso: 0.5 kg
- Quantidade de páginas: 220
- eBook: PDF
- Encadernação: Brochura
- Edição: 2a
- Ano: 2020
Outros livros do autor
O Autor
Nilton Bahlis dos Santos
Começou a fazer política no Colégio Julinho em Porto Alegre. Em 1964 entrou na Faculdade de Arquitetura, onde participou do Diretório Acadêmico. Em 66 foi eleito para o DCE-URGS, depois para a UEE-RS e para a diretoria da UNE, em 1967. Como seu diretor participou da organização das lutas do Movimento Estudantil de 1968, dos debates sobre educação e da tentativa de reorganizar os Centros Populares de Cultura (CPC) da UNE, que organizavam ações dos estudantes diretamente junto a setores populares: atividades culturais, ações de educação, de saúde e saneamento, construções de habitações populares em sistemas de mutirão, e outras.
Em 1969 mudou para o Rio, vivendo na semi-clandestinidade até 1972, quando, com a queda de quase 200 companheiros, se exilou no Chile. Com o Golpe, foi preso no campo de concentração do Estádio Nacional do Chile e submetido a Corte Marcial, o que conta no livro “O Estádio era mais Alegre” desta mesma editora. Foi retirado de lá pela Cruz Vermelha Internacional e exilado na França, protegido pela Comissão da ONU para Refugiados, até 1979 quando voltou ao Brasil.
É jornalista, produtor cultural, doutor em Ciência da Informação, e especialista em sistemas complexos, redes sociais e Internet. Atualmente é pesquisador da Ensp e professor na Fiocruz, líder do Grupo de Pesquisa “Tecnologias, Cultura e Práticas Interativas e Inovação em Saúde” e coordenador do Núcleo de Experimentação de Tecnologias Interativas (Next) ambos da Fiocruz sediados na Ensp.